Há vários fatores considerados para a classificação de um elemento químico perigoso, como as condições de exposição e as quantidades desse elemento em algum produto químico perigoso para a saúde e para o meio ambiente.
A toxicidade é avaliada a partir de dose, concentração, solubilidade, forma de contato e tempo e frequência da exposição do elemento considerado perigoso. Assim, são estabelecidas as medidas protetivas de segurança que devem ser tomadas, de acordo com a periculosidade.
Chumbo: o elemento químico metálico mais poluente do mundo
O chumbo é um elemento químico muito usado em diversos setores da indústria e demorou a ser considerado perigoso, por ter sua classificação como metal pesado.
O uso de chumbo aumentou com a industrialização, principalmente após a popularização da produção automobilística. É calculado que existam 300 milhões de toneladas de chumbo poluindo o meio ambiente.
Especialmente de 1979 até 1990, a contaminação nas águas, no solo e no ar crescia cada vez mais – e segue assim até os dias de hoje. É estimado que a concentração de chumbo no sangue de pessoas que viveram na era pré-industrial era 500 vezes menor em comparação a hoje.
Principais maneiras pelas quais o produto com chumbo age de modo poluente no meio ambiente
O chumbo é essencial para a produção do mundo contemporâneo, mas esse metal pesado está se acumulando pelo planeta.
Confira como a poluição por esse elemento químico ocorre:
- Reciclagem inadequada de baterias automotivas: a partir da fundição de componentes metálicos feita de forma errada é liberado chumbo no ambiente, que é absorvido pelo solo e até mesmo pelo ar, contaminando a população local;
- Combustíveis: os gases de escapamentos de automotivos liberam chumbo para a atmosfera, causando poluição aérea e inclusive problemas respiratórios;
- Aparelhos eletrônicos: o descarte incorreto de aparelhos eletrônicos costuma ser uma das principais causas da poluição de metal pesado na natureza, em especial pilhas e lâmpadas fluorescentes.
Além da contaminação ambiental, que causa mudanças em estruturas naturais de forma irreversível e acumulativa, a poluição causada por chumbo afeta também a saúde de pessoas, às vezes de forma silenciosa.
Por isso, o CONAMA (Conselho Nacional do Meio Ambiente) determina uma concentração máxima de chumbo em água doce (0,03 mg/L) e para água salina e salobra (0,01 mg/L) no Brasil, principalmente por conta da mineração e do processo de fundição de chumbo.
Esse metal pesado se espalha pelo ar e se deposita no solo, mas a principal contaminação ocorre em lagos, rios e oceanos por conta de escoamento pela chuva, que carrega as partículas suspensas para reservatórios de água naturais e planejados.
Entre os efeitos da contaminação de chumbo na saúde das pessoas se encontram:
- Alteração da biossíntese da hemoglobina e causa de anemia;
- Aumento da pressão sanguínea;
- Danos aos rins;
É necessário que as indústrias que utilizam esse elemento químico se preocupem com seu manuseio e transporte, utilizando sistemas que evitem vazamentos ou derramamentos de chumbo no meio ambiente, como forma de preservação e cuidados.
Os profissionais que trabalham com materiais compostos por essa substância também precisam estar bem equipados para evitarem acidentes e contato com a substância.