Muitas indústrias produzem resíduos químicos que não devem ser descartados no meio ambiente por serem nocivos e causarem danos irreversíveis. Por isso, é necessário conhecer bem que tipo de material se está trabalhando e a melhor forma de descartá-lo.
Uma empresa consciente e amiga do verde está cada vez mais em alta, e se tornou um padrão para contratação de serviços.
Nesse artigo, serão abordadas 3 informações principais para que sua empresa siga todas as normas para resíduos químicos estabelecidas pela ABNT.
1 – O que são resíduos químicos
Uma gestão de resíduos químicos para administrar esse setor é de suma importância, já que a produção de resíduos tem aumentado nos últimos anos com a fabricação de produtos industrializados.
Resíduos químicos são diferentes dos resíduos orgânicos. Eles não se decompõem e não devem ser descartados na natureza, precisando de bacias de contenção para que não haja contaminação dos espaços, como vidro, plástico, todos os tipos de metais, borracha e tintas, por exemplo.
Existe uma listagem de resíduos baseada nas NBR 10.004, 10.005 e 10.006 e que seguem as normas da Associação Brasileira de Normas Técnicas (ABNT) contendo sua completa e detalhada descrição.
É por meio dessa lista que a gestão de resíduos químicos de uma empresa sabe onde descartar o material, qual será o tratamento dado e que tipo de aterro será o mais seguro.
2 – Como os resíduos químicos são classificados
Para se classificar um resíduo químico é necessário conhecer suas características físicas, químicas e biológicas. Além disso, é preciso identificar os materiais que eram antes de se tornarem resíduos para saber que tipo de impacto são capazes de causar à saúde e ao meio ambiente.
- Resíduos classe I: são os mais perigosos e que colocam pessoas e meio ambiente em risco, se entrarem em contato com eles. Para que o material se enquadre nessa categoria, precisa apresentar uma ou mais características de inflamabilidade, corrosividade, toxicidade, reatividade e/ou patogenicidade;
- Resíduos classe IIA: também chamados de “não inertes”, apresentam propriedades biodegradáveis, comburentes ou solúveis em água. Apesar de ter algum tipo de contaminação, não são tão perigosos quanto os de classe I;
- Resíduos classe IIB: são os resíduos inertes que não sofrem nenhum tipo de transformação física, química ou biológica por longos períodos. Dentro dessa classe, encontram-se entulhos, pedra e sucata;
3 – A importância de bacias de contenção para os resíduos químicos
Uma forma de proteger o meio ambiente e as pessoas que trabalham manipulando esse tipo de material é adotar uma bacia de contenção seguindo as normas da ABNT NBR 12235, constando as condições básicas de segurança no local de armazenamento.
As bacias de contenção são usadas para conter eventuais vazamentos de resíduos químicos e diminuir os danos que possam ocorrer aos seres humanos e ao meio ambiente.
Elas têm de seguir um padrão para que tenham o aval de construção:
- Devem ser impermeabilizadas e não possuir nenhum tipo de rachadura ou buraco;
- Funcionar como uma barreira que impeça o escoamento do material para fora de seu perímetro;
- Precisam conter, no mínimo, 10% do volume total do contêiner de armazenamento de resíduos químicos;
- A sua base precisa ser inclinada para drenar possíveis materiais líquidos;
Cada classe de resíduo tem sua própria bacia de contenção, já que algumas são feitas apenas para sólidos, e outras para os líquidos. Para isso é necessário:
- Verificar as caraterísticas dos resíduos químicos;
- Notar se o material da bacia de contenção tem potencial de reagir de forma química com o resíduo;
- Observar com que frequência o material será coletado;
- Saber qual o fluxo mássico ou volumétrico do resíduo químico.
Diante disso, adotar medidas para uma gestão de resíduos químicos é primordial, não apenas para proteger os funcionários que manipularão o material, como também proteger o meio ambiente.
A falta de cuidado com o armazenamento ou fazê-lo de forma incorreta acarretará sérios problemas ambientais como contaminação do solo e de rios, podendo matar fauna e flora. Esse impacto ambiental afeta a economia local e, dependendo do vazamento, até a nacional.
Além de multas e até o fechamento da empresa que causou o acidente ambiental, o ato gera desemprego e perda de credibilidade no mercado.
O melhor é manter sempre os armazéns de resíduos químicos dentro dos padrões e efetuar verificações constantes nas bacias de contenção que irão protegê-los. Isso torna a indústria amiga do verde.
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