O maior vazamento de óleo ocorrido no Brasil, em que foram contabilizadas cinco mil toneladas de óleo, ocorreu na região Nordeste e Sudeste. Nove estados do Nordeste e dois do Sudeste foram tomados por manchas de óleo.
Todo mundo se lembra das dificuldades que sofreram as populações dos municípios atingidos e a consequência econômica gerada, que afetou a produção dos pescadores. Mas as causas, o impacto social e a situação atual ainda não são transparentes.
Ainda não se sabem as causas do vazamento de óleo no nordeste
A investigação das causas ficou a cargo da Marinha brasileira que, um ano após o desastre, tem apenas indícios do que causou o vazamento. No entanto, o que foi confirmado é que a origem do óleo é venezuelano. Porém, isso não significa que o derramamento tenha sido originado por empresas de petróleo venezuelanas.
Primeiro acreditava-se ter sido originado pelo navio petroleiro grego Bouboulina. Depois disso a hipótese foi descartada e uma petroleira alemã passou a ser investigada, dona do navio Voyager I.
Agora, após um ano do vazamento de óleo no Nordeste, por imagens de satélite, os investigadores chegaram à conclusão, Segundo eles as manchas de óleo podem ter vindo da África, por observarem manchas de óleos no golfo da Guiné.
A mancha detectada por satélite detém 433.22 km quadrados em uma distância de 200 km do país de Camarões. Os pesquisadores afirmam que ali há correntes marítimas que podem ter trazido esse óleo ao Brasil.
Os impactos do vazamento de óleo
Era outubro de 2019 e surgiram 66 casos suspeitos de intoxicação em pessoas que entraram em contato com o óleo cru nas praias.
Muitos animais foram oleados na costa brasileira, o que, além de afetar a fauna animal, ressoa no banco de alimentação das pessoas e na reprodução de tartarugas marinhas, peixes-boi, cetáceos e aves marinhas migratórias.
Já as tartarugas marinhas que estão em extinção estavam, à época, em período de reprodução. Com isso, o estrago à vida da fauna causado pelo vazamento de óleo no Nordeste fica ainda mais preocupante.
Logo, o vazamento de óleo no Nordeste provocou maiores danos no âmbito ambiental, do turismo e pesca.
Atual situação das praias nordestinas
Mesmo após um ano do crime ambiental, a população ainda vive os resquícios do vazamento de óleo no Nordeste. É possível encontrar óleo incrustado na areia, pedras e recifes locais.
Ou seja, as pessoas ainda convivem com microrganismos e substâncias tóxicas à vida humana, mesmo que já tenham sido removidas 5.000 toneladas de óleo do mar.
Os impactos de maior expressão que foram deixados são observados em:
- Queda na renda da economia local;
- Estuários e rios;
- Manguezais e praias;
- Recifes e corais.
A Marinha segue com a investigação em sigilo e no dia 24 de agosto do ano corrente concluiu um relatório sobre o caso do vazamento de óleo no Nordeste. No entanto, sem apontar qualquer responsável pelo crime.
O Brasil aprende, no entanto, que deve aprimorar seu sistema de monitoramento marítimo sobre os navios que transitam em águas nacionais. Acima de tudo, o mundo deve aprender com mais um caso destes a tomar medidas ambientais mais rígidas de controle e transporte de óleos.